O peso de um blog
Este foi o meu primeiro blog. Decidi começar a escrever para ir informando amigos familia e pessoal que não tem mais nada que ler na internet. Deu-me sempre imenso gozo escrever e receber feedback surpreendentemente positivo. Nunca acreditei que a minha escrita pudesse entusiamar os leitores.
Sinto agora algum peso. Já há algum tempo que não tenho escrito. Não por nada. Mas simplesmente porque não tem havido assunto que me tenha forçado a sentar-me ao pc e a teclar. Mas tenho recebido enormes reclamações por gente que quere que eu volte a escrever. Por isso, voltei. E vou tentar voltar com mais intensidade.
Vou tentar resumir o que acho que seja mais relevante nestes ultimos tempos.
1. As francesas.
Para quem não sabe, neste semestre 30% dos erasmus são de nacionalidade francesa. Isto é mau. Mas é ainda pior quando 100% dos individuos de nacionalidade francesa são mulheres. Significa o quê? Beacoup de problem!
Nunca vi mulheres tão conflituosas como esta gente. Em 7 francesas aproveitam-se 2, das quais só uma está completamente limpa e é um anjo de pessoa.
Problemas
- Intrigas, conflitos, invejas, maus olhados, traições, e muito mais detalhes.
Conclusão
- A malta cagou para elas e segue a vida normal sem se importar se elas vêm ou não connosco.
2. A viagem a Estocolmo
Numa das minhas inumeras semanas de férias tenho vindo a ter neste ano, decidimos (eu, Paco, Sandra e nines aka «os espanhois», cagamos na Verónica que é um chata do caraças) ir a Estocolmo. É a minha segunda visita a esta cidade. Quem não foi deve ir. Posso com alguma segurança afirmar que é uma das cidades mais incriveis da Europa. Não as conheço todas mais já tenho alguma bagagem, e Estocolmo surpreende sempre.
A viagem é simples. Bus até Helsinki. Barco do asco até Estocolmo. Asco porquê?
Para quem não conheçe as sociedades do norte, um bom objecto de estudo socio-demografico é este tipo de viagens nestes barcos. Como já é tradicional a malta esfrasca-se fortemente. Eles. Nós seguimos relativamente sobrios. A faixa etária e tipo de gente é alargada: Velhos alcoolicos, putos imberbes alcoolicos, meninas-à-procura-da-primeira-experiência-sexual alcoolicas, familias disfuncionais alcoolicas, estrangeiros á procura de meninas-à-procura-da-primeira-experiência-sexual alcoolicas, alcoolicos e no meio disto estamos nós. Seguramente os mais saudaveis no meio desta estranha e pouco atractiva gente.
A viagem é sobretudo deprimente quando se abre a pista de dança e se vê estes grupos supra citados a interagirem uns com os outros de uma forma líbida, descomplexada, e completamente alcoolizada.
Já estou aqui à tempo suficiente para saber como isto funciona, mas não me consigo habituar. Os meus valores e palas sociais não me permitem. Mas não me abate, aceito.
Estocolmo.
Um dos objectivos desta viagem era também visitar o camarada Mathias. Um companheiro erasmus que nos abandonou depois do primeiro semestre. Está a trabalhar lá agora. É um personagem interessante e muito drámatico. Uma das suas saídas mais interessantes deu-se quando eu e o Paco lhe comunicamos a nossa desilusão por não termos ainda avistado a "grande mulher sueca" a verdadeira alegria para os olhos. Ao que ele responde: "Guys... I had a friend that said exacly the same. To see the great swedish girl... (pausa) you have to wake up really early and find the on their way to work." Por momentos pensei que ele estava a falar de algum programa que tinha visto no Discovery Channel. Camarada engraçado este Mathias.
Viagem de volta. Apanhamos um tempo terrível e o mar estava super picado. Sucede-se que era impossivel andar em linha recta com o enorme movimento do barco. Imagem agora os grupos supra citados a tentarem moverem-se. A parte disso, devo dizer que me acagaçei e metemo-nos todos nas camas a dormir.
3. Mais espanhois
Na passada semana, tive o prazer e o privilégio de receber em minha casa 5 espanhois amigos do Paco.
Allas e Vicente, dois camaradas que estão em Lisboa em Erasmus. Foi preciso virem dois espanhois para me trazerem bacalhau!!! (Não preciso dizer mais nada, Inês, Toni e Chinó, pois não?). Joni, um porreiraço que já tinha tido o prazer de conheçer na viagem a Siena. Boro, um professor de educação que tem a apetência para destruir coisas (biclas, portas sobretudo) quando está bebado. E Fraski, um camarada que diz que todas as mulheres são umas putas começando pela sua mãe. Um puro filosófo.
Podem talvez imaginar o que foi ter 7 pessoas do sul da europa a viver num apartamento minimo como o meu. O Chris chamou-se refugee camp. Não andou longe disso.
Acrescento também que das duas festas que fizemos, a policia bateu à porta duas vezes. Algo inédito até agora. Conseguimos incomodar toda a gente no prédio. Porreiro pá!
4. Should I stay or should I go?
Para quem não sabe, ponho em cima da mesa a possibilidade de ficar a estudar aqui no próximo ano.
O processo é relativamente simples. A uni aqui aceita-me os créditos feitos em Aveiro e terei que ficar um semestre a fazer algumas cadeiras, outro a tese de final de curso e o último em workplacement (tipo estágio) que pode ser em qualquer parte do mundo (!).
Para quem não sabe também, para mim tomar uma decisão é pior que parir um filho. Os prós os contras, os sim os não, os quiças e as variavés cosmicas ainda não me permitiram tomar uma decisão definitiva. Sigo com a cabeça em água. Wooohooo
Por agora é tudo o que considero mais relevante.
Prometo ir tentado actualizar isto.
Um abraço e um bem haja para os queridos leitores
2 Comentários:
Muito poético, sim sr!
A malta por ca vai tendo saudades tuas, mas se decidires ficar por ai, porreiro, teremos de ir ai visitar-te!
Beijoca
Querida Renata,
As saudades também já apertam.
E sim as portas do meu palácio estarão sempre abertas a visitas! ;)
Beijos
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