Quem faz erasmus um ano apercebe-se que os dois semestres têm
feelings completamente diferentes.
O primeiro é a novidade, tudo é novo, tudo é uma experiência nova que se quer agarrar com unhas e dentes, quer-se conhecer e interactuar com todo o tipo de gente e culuras. Tudo se perdoa, tudo é permitido. É carnaval todos os dias.
No segundo semestre as coisas processam-se de outra maneira. A cidade e o país deixam de ser estranhos, já fazem parte de nós, são a nossa casa, a nossa morada, e começamos a ver a bandeira do país como a nossa bandeira também (pelo menos no meu caso). Criam-se rotinas e a vida começa a entrar num ritmo mais «normal», começa-se realmente a viver num país e adoptar os seus meandros e costumes.
Mas há coisas que começam a tornar-se cada vez mais claras, as diferenças culturais entre nacionalidades.
Há duas culturas na europa: os latinos e o resto. Somos verdadeiramente diferentes. Somos verdadeiramente e agradavelmente selvagens.
Há medida que o tempo vai passando sinto cada vez mais próximo dos espanhois e percebo quão parecido somos. Há sempre pequenas coisas que nos distanciam de Suiços, Alemães, Ingleses, Franceses e Finlandêses, etc. Não digo com isto que me incompatibilizo com o resto, pelo contrário, apenas digo que me fazem perceber que nós somos socialmente especiais.
O meu apartamento é a casa do povo. Toda a gente faz o que lhe apetece aqui, aparece as horas que lhes apetece, bebe o que lhes apetece, parte e estraga o que lhes apetece. Porquê? Porque nós somos os úncios que lhes damos toda liberdade social que eles não têm nos seus queridos e organizados países. Agora o contrário torna-se mais complicado. Eu fazer o que me apetece nos apartamentos alheio é uma coisa que se torna problemática.
Alguns factos culturais:
Finlandêses: Fascinam-me cada vez mais, adoro o lado selvagem. Quanto melhor os conheço mais me fascinam.
Franceses: Pute que pariu le francius. Conflitiosos, arrogantes e pedantes. Salvo duas e honrosas exepções.
Ingleses: «O Inglês», se não fosse a sua obcessão com a pontualidade e o facto de não aceitar que eu me atrasse seria perfeito. Ganda Chris.
Espanhois: São como irmãos, não vejo choque cultural
Suiços: Buffff. Excesso de organização e método. Cansativo.
Alemães: Frios e distantes. Não as conheço.
Médio oriente: Chatos mas empenhados.
Africa: zero de integração, pouco produtivos.
Portugueses: Selvagens, animais sociais.
Continuo a adorar os choques culturais.
Viva a miscelânia cultural