Hora de balanço

O primeiro semestre está mesmo a terminar, vou iniciar a minha jornada final de despedidas, já que terminei as aulas e os trabalhos.
Achei que estava na hora de um balanço, será possivelmente a última vez que escrevo no blog antes do próximo semestre.

Não foi fácil. Para quem pensa que o Erasmus é um mar de rosas engana-se profunda e redondamente.
Não é fácil deixar familia e amigos para vir para um país que é realmente diferente e de certa forma díficil. Tive duas semanas em que possívelmente foram o maior desafio da minha vida. Quando cheguei tive vontade de voltar tal eram as adversidades.
É dificil a adptação a uma cultura, mas sobretudo a pessoas, com comportamentos totalmente diferentes dos nossos, levou-me muito tempo a conseguir interpretar comportamentos e atitudes das pessoas, sobretudo porque lidava todos os dias com mil e uma culturas.
As relações foram tornando-se fortes, encontrei muito boa gente aqui que me permitiu que os dias fossem cada vez melhores.
Fui aprendendo com o tempo que eu sou diferente deles, que eu tenho uma forma de estar diferente, que realmente sou mais parecido com os sul americanos do que com os europeus do norte. Adptei-me, mudei algumas coisa, mantive algumas que acho fundamentais. Fui sempre muito bem aceite e talvez seja de todos aquele que melhor se integrou com os finlandeses que por algo que ainda não entendi me confessam as suas maiores fustrações e tristezas. Há quem me ponha o nick de Dr. Chico. Aparentemente vim aqui fazer psicologia.

Sinto este país como a minha seugunda casa.

Preparadíssimo para o segund round de Suomi!

Mais cinema

O Chris decidu fazer mais uma produção cinematográfica. Esqueçam Las Vegas e Inglaterra, não tenho nada a ver a com isso.


http://www.youtube.com/watch?v=ZhfEGxCXF4g

O álcool

Aqui fica um pequeno artigo do Helsinki Times. Ainda não me tinha apercebido desta doença por aqui.

«In Finland alcoholism is a national disease. It is estimated that there are around 500,000 alcoholics in Finland, which means it affects roughly one out of ten Finns. The majority of them do not receive any kind of treatment for their addiction.

Alcoholism is the leading cause of death in Finland, and since the alcohol tax reform in March 2004 alcohol consumption and alcohol-related deaths have risen.»

500 mil álcoolicos! Meus senhores, no que toca ao álcool este povo é realmente expert, é dificil encontrar um país onde a cultura do álcool esteja tão enraizada. Não existe o conceito de beber socialmente, quando se bebe é para se ficar a cair de bêbado, realmente impressionante. Bebe tanto o cota de 60 anos com o puto de 13. Eu e todos os outros eramus bebemos muito moderadamente ao pé destes senhores e senhoras.

O porta chaves promocional da universidade é um abre-caricas (!!!).

P.S. Não sei porque raio mas o estafermo do texto ficou todo em itálico.

A ultima festa de estudantes do ano

A associação organizou a última festa de estudantes do ano.
Primeiro umas cervejas em casa do Niko, e seguimos para uma pre-party em casa de uns marados finlandeses, a festa chamava-se Circle of Bosses, Christmas party
Muita gente, quase todos finlandeses, muito bom ambiente. Muita gente vestida com o tema natalílico, levam o natal muito a sério, não seria esta a terra do pai natal.
Estes animais fizeram um ponche de fruta com vinho branco, sprite e vodka da estónia, aquela que tem 80% de álcool. Ao fim de três copos já se sentia algum calor.
De referir também que andava um finlandes fanático do arsenal com uma t-shirt. Levou um massacre de todo o tamanho depois da fantástica vitória do Fê-Cê-Pê.

Cigarro e explicações ao Mathias como jogar bem o FIFA

A já clássica foto dos fundadoresCircle of Bosses

As fotos do marado

Cá está o dito ponche

Here we go!

Sexyyyy

Maradissímo

Erno, outro marado

Ero, versão natalícia

Até deu para a bateria

Chill out zone

Chris a espalhar magia com a Vivii e a Jaana

Seguiu-se a clássica disco naite, noite muito boa, estava toda a malta lá. Mais um serão bem passado.
Acordar às 11 da manhã para a apresentação de um projecto final que correu lindamente e que fomos elogiadíssimos pelos professores. Wooohooooo

Cada vez gosto mais deste país!

Sauna outra vez

Já não sei quantas vezes falei de sauna aqui. Tomem lá mais uma.
A sauna é uma das coisas que realmente não consigo deixar de fazer, adquiri completamente o hábito de fazer todas as semanas.
Ora, como está tudo coberto de neve lá fora, hoje decidimos fazer o extremo. Sauna e rebolar na neve. Passar de 90ºC para uns quantos negativos. Quando toca na neve o corpo queima! Queima forte, mas é optimo!

Umas fotos:

A toalha foi só para a foto

A alegria na sauna

É muito bom

After swet. Tranquilidade total

Contagem decrescente

O clima começa a ficar mais pesado. Uma semana e meia para a partida.
Os amigos que se vão e possivelmente não mais se vêem, de 22 só ficamos 7. Vêm mais, mas ningúem substituí niguém...
É assim o lado duro do Erasmus.

Adoro o clima do norte

É quase impossível descrever o que senti esta manhã, posso tentar com palavras.
Eram 8 da manhã quando pús o pé fora de casa. Estava ainda escuro, começava a amanheçer, começa a surgir uma luz muito ténue no horizonte, uma luz amarelada mas muito fraca, o chris chama-lhe luz Twilight Zone. É realmente uma luz estranha, mas cria um efeito incrível.
Tinha nevado durante a noite, e por isso estava tudo coberto por um fofo manto branco. Isto ainda se torna mais incrível com a luz dos candeiros que reflectida na neve dá uma luz lindíssima.
Não estava frio, não chovia, não nevava, estava ameno, deviam estar 3ºC, não sei se é por estar habituado, mas a verdade é que não estava frio.
Ainda era cedo, via-se pouca gente na rua, miudos a ir para a escola e apenas alguns carros na estrada, o silêncio era quase absoluto.
Seguimos os dois, eu e o chris, caminho a fora nas nossas babes conversado pelos silenciosos e brancos bosques que fazem parte do nosso caminho habitual, sentindo a despoluida brisa matinal.
Perfeito. Um dia maravilhoso hoje.

Não consigo fazer com que nenhum finlandês compreenda o que sinto com este tipo de coisas, mas a minha exitação deve ser a mesma que eles têm quando vão para uma terrível praia no sul de Espanha.

Rakastan tätä maata.

Não vale a pena limpar...

Após o meu post Asco, achamos que estava na altura de limpar esta pocilga, além disso tinhamos um jantereco cá em casa com as espanholas e uma austriaca.
A coisa correu bem, isto ficou aceitavél.
Seguiu-se o jantar, frango com coca-cola, especialidade do Paco, estava bom, deva se dizer.
Umas cervejas, uns whiskys e a Sandra fazia anos. «Sandra, vai chamar a malta para te vir cantar os parabéns» disse eu.
A certa altura, estavam mais de 20 macacos no meu quarto.
Conseguimos a proeza de disparar os três alarmes de incêndio do apartamento com a porra das velas. Bem, a coisa foi ficando um bocado fora de controle e não sei a que horas fomos dormir.

A casa ficou assim:


Não dá para ver o chão, mas parece um campo minado graças a dezenas de manchas pretas.
Agora, quem se lixa é o mexilhão porque o Paco deu de frosques para a Lapónia e isto ainda não foi limpo.

Gracias amigo.

Tudo na mesma...

Sigo com alguma atenção as notícias por esses lados. Vejo que continuamos com pérolas nas principais páginas.
A citação do único português conhecido por terras finlâdesas acerca da bola de ouro é preciosa.

«É pesada mas é fantastica». Não podia escolher melhores adjectivos para pôr numa frase.

É pesada mas é fantástica? Mas o que porra é esta?

Seguimos com uma projecção fantástica por aqui.

Obrigado Cristiano Ronaldo, obrigado!

Eu amo-te

Numa discussão alcoolica/filosófica acerca de linguagens foi-me dito algo curioso.
Os finlandeses não dizem eu amo-te. Simplesmente não o dizem, não o dizem a um amigo, não o dizem aos pais, aos avós, aos cães, ao namorado, ao marido.
A palavra é para eles tão forte, que ao dizerem-na causa um impacto muito grande na outra pessoa.
Se por um acaso o disseram é porque realmente o sentem fortemente e o mundo vai acabar no dia seguinte.

É a diferença, nós podemos dizer a torto a direito que nos dá igual. Para estes quando a dizem, é tão forte que os arrebenta de tanto sentimento.

Minä rakastan sinua (mi-na rá-cash-tane si-nua), reparem na sensualidade de «eu amo-te» em finlandês. É compreensível que não o digam assim tanto.

Foi o meu posto pseudo-intelectual.

Minä rakastan Suomea

Asco

As coisas seguem asquerosas no piso 36 B da rua Lohentie em Kevatkümpu.
Na cozinha mínima estão por vezes mais de 5 pessoas a fumar ao mesmo tempo e com as janelas fechadas por causa do frio. O Niko e o Olli quando vêm ao chá nao se acreditam que ainda não conseguimos limpar isto.
Na varanda começa a criar-se vida.
É um escandâlo que sejamos os únicos que não conseguimos ter isto limpo. Enfim, segue a sujidade.
O documento fotográfico

O fogão

A varanda

A varanda (2)

A minha secretária

Um canto na cozinha
O frigorifico

Pushing body limits

A coisa tá séria. Duas últimas semanas antes das férias de Natal e os trabalhos exames e festas multiplicam-se.
Esta semana, um exame de ressaca e uma apresentação relativamente alcoolizado, correram lindamente!
Começei a introduzir-me nas after parties em casa do Niko, sair às 6 da manhã acordar às 9 para ir para a uni.
Os festeiros continuam a ser os latinos, não sei porque mas somos sempre os últimos a fechar os tascos!

Acho que até dia 20 de Dezembro vai ser assim! Porreiro pah!

Intensevly living the Finnish Dream, get wasted and past out.

Que coisa estranha

Hoje vi o sol. Não era bem o sol, era um lusco-fusco lá longe por entre umas nuvens. Eram 9:30. O sol já não se levanta, nem se põe, apenas fica latente e preguiçoso.
O panorama é sempre o mesmo, nuvens cinzentas e uma claridade reduzida, não há aquilo que se pode chamar de luz, ou sol.

Sudecem-se as perguntas: Então? Já vês como é mau este clima?, já te sentes afectado pela escuridão?

Hum... é pah, ainda não!

Living the finnish dream